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7 de novembro de 2015

MPL - Minhas Primeiras Letras - CREDEAL

Hoje venho mostrar para vocês o MPL "Minhas Primeiras Letras" da CREDEAL.
Um material completo para a Alfabetização, além de lindo!



Essa linha foi desenvolvida em conjuntos com pedagogos, pensando nos estudantes dos primeiros anos da Alfabetização.

A coleção possui 10 cadernos, onde pode ser trabalhada a escrita, desenho, matemática. Todos em capa dura, bem coloridos. As crianças irão amar!

Conheça toda a coleção:



Conheça melhor a coleção: http://www.credeal.com.br/produtos/101


Além desta linda coleção, a CREDEAL possui uma grande variedade de materiais e jogos educativos.
Acesse o site www.credeal.com.br

28 de julho de 2015

Olá pessoal!!!


Primeiramente quero agradecer por todas as visitas e por todo o carinho.
Obrigada!

Recebo muitos emails diariamente e, alguns deles, com pedidos.
Porém, a maioria dos pedidos vêm através do Formulário de Contato. Neste caso, quando não é especificado e nem deixado email correto, não consigo localizar nem mesmo retornar.

Gostaria de atender a todos!
Por isso, quando você for solicitar alguma atividade ou algo que foi postado, deixe o comentário na postagem.
Assim, ficará beeeeem mais fácil localizar.

P.S. A opção para comentar a postagem fica bem embaixo desta menininha que está ao lado do "Volte sempre"

E não se esqueça de digitar o email corretamente. ;)

Abraços a todos!!!
Tatiana

22 de julho de 2015

Alfabetizada, sim ou não?


Toda criança deve estar plenamente alfabetizada aos 8 anos. Mas nem sempre isso acontece. Como resolver esse problema?

Texto Marion Frank

Foto: Até os oito anos, uma criança deve ser capaz de ler - e de escrever - um texto curto, como o bilhete para o papai que vai chegar mais tarde para jantar
Até os oito anos, uma criança deve ser capaz de ler - e de escrever - um texto curto, 
como o bilhete para o papai que vai chegar mais tarde para jantar


Uma das frases mais repetidas por educadores é: nenhuma criança deve ser deixada para trás. Ela dá a entender que existe, sim, uma idade ideal para que a aprendizagem aconteça de modo a que toda criança, mesmo respeitado seu ritmo próprio, seja capaz de acompanhar o grupo a que pertence. Entretanto, pesquisas têm demonstrado que a defasagem existe desde o início do Ensino Fundamental, base da educação, quando a criança de oito anos completos não se mostra muitas vezes capaz de ler um texto simples e escrever frases curtas - e deveria!

Por que isso acontece? "Alfabetização é um processo cognitivamente lento, e linguisticamente também", explica a educadora Magda Soares, um dos nomes de maior prestígio no assunto no País. "O primeiro contato deve ser feito durante a Educação Infantil, mas não é o que tem acontecido no Brasil, onde há uma resistência em introduzir a criança na alfabetização desde o início de vida escolar, optando apenas em orientá-la socialmente". E o que seria, nesse caso, introduzir? "A criança é levada a perceber que as palavras escritas no livro que a professora transforma em sons quando lê para ela são formadas por letras, e que as letras representam sons da fala", detalha Magda. Dessa forma, a criança ganha consciência desde cedo de que a fala é um conjunto de sons, que vai registrar mais tarde com a escrita.

De acordo com o último Plano Nacional de Educação (PNE), crianças devem estar alfabetizadas até os oito anos, mostrando-se "... capazes de ler e escrever um pequeno texto, e de fazer inferências a respeito, o que atesta a compreensão sobre o que leram", realça Inês Kisil Miskalo, gerente-executiva de Educação do Instituto Ayrton Senna, em São Paulo. Ou ainda, como detalha oficialmente o PNAIC (Plano Nacional pela Alfabetização na Idade Certa): "Estar alfabetizado significa ser capaz de interagir por meios de textos escritos em diferentes situações; ler e produzir textos para atender a diferentes propósitos - a criança alfabetizada compreende o sistema alfabético de escrita, sendo capaz de ler e escrever, com autonomia, textos de circulação social que tratem de temáticas familiares ao aprendiz". Porém, segundo os resultados da Prova Brasil de 2012, apenas 30% dos alunos do 3º ano do Ensino Fundamental (ou seja, crianças de oito anos, em sua maioria) demonstraram ter aprendizagem adequada em escrita - muito longe, portanto da meta oficial.

O que isso significa na prática escolar? A criança, que apresenta dificuldades, não consegue acompanhar as atividades que o professor dá para a classe, o professor diz que o problema não é dele, mas sim da família que, por sua vez, devolve para a escola a culpa pela situação. Ou seja: nem escola nem família assume a responsabilidade, deixando a criança sozinha, logo ela, a personagem central de um processo em andamento, o da alfabetização. E o mais importante é que "o fracasso, em 99% dos casos, não é do aluno, mas sim de como se trabalhou com ele", diz Inês Kisil Miskalo, do Instituto Ayrton Senna.

Quando a alfabetização não aconteceu como manda o figurino, a criança fica bem para trás do desempenho do seu grupo. Começa - e de modo cascata - a não aprender o que deveria, seja em língua portuguesa, seja do que dela deriva: afinal, até para resolver uma conta de matemática ela terá de ler e compreender o enunciado. Assim, o que parece ser problema exclusivo de uma criança se torna problema do Brasil. Em redes públicas de ensino espalhadas País afora, mais de 30% dos alunos estudam em séries fora da idade ideal no Ensino Fundamental, sendo mesmo possível que até 60% desse total demonstre não terem sido alfabetizados corretamente. 

Como reverter essa situação? Para Inês Kisil Miskalo, do Instituto Ayrton Senna, é vital investir na formação dos professores alfabetizadores, que "têm dificuldade em lidar com o que acontece em sala de aula, pois foram trabalhadas na universidade muito mais na teoria do que na prática, e é justamente de prática que eles precisam ao tratar da alfabetização de uma criança". E, se muitos professores ainda não conseguem superar as dificuldades que atrapalham a criança no contato com as primeiras letras, o que dizer da família? Como detectar os sinais de que algo deu errado, melhor, não está correndo como deveria, ajudando a escola a diagnosticar a alfabetização do seu filho? A seguir, dicas de como os pais devem proceder no dia a dia a partir da experiência das especialistas e assim terem controle sobre o andamento do aprendizado, tanto da leitura quanto da escrita. Lembrem-se: criança bem alfabetizada é criança preparada para nunca mais parar em sua vida de estudante.


Se o PNE determina em oito anos a idade limite para uma criança estar alfabetizada, que tipo de texto o meu filho que tem essa idade deve saber ler?

Textos simples. Que devem, claro, estar de acordo com a idade da criança, evitando ser chatos ou longos demais. "Há muitas obras voltadas para essa idade, com histórias e ilustrações atraentes, que permitem inclusive interatividade", ressalta Inês. Histórias em quadrinhos, ela acrescenta, também são "bem vindas, pois as crianças tendem a se identificar com algumas das personagens em detrimento de outras".

 Que tipo de texto meu filho, de 8 anos, deve saber escrever?

Para Magda Soares, de larga experiência no dia a dia da alfabetização em escolas da rede pública de Belo Horizonte e arredores, ainda que seja bastante fluido o conceito de ‘estar alfabetizado’ (afinal, cada criança tem o seu tempo de aprendizado, que deve ser respeitado), "é perfeitamente possível a uma criança de oito anos escrever, além de ler, um texto curto". Exemplos? Um bilhete para o papai, que vai hoje chegar mais tarde em casa para jantar; ou um lembrete para a mamãe não se esquecer de comprar frutas na ida ao supermercado etc.

Como saber se meu filho sabe de fato ler? Devo pedir que leia para mim? E quanto a escrever, também vale pedir um texto curto para ele?

"A observação é o caminho a ser trilhado", recomenda Inês, "pois é por meio dela que se percebem possíveis dificuldades". Entenda. É sempre importante pedir ao filho que leia algo para você ou para toda a família de modo a incentivar nele o gosto pela leitura, o prazer de ler - o mesmo comportamento, claro, vale para a escrita. "A criança precisa se dar conta que ler e escrever são instrumentos de comunicação social, que lhe serão úteis ao longo da vida, e não apenas uma tarefa escolar a ser realizada por obrigação", diz a especialista do Instituto Ayrton Senna. Daí o valor de os pais aproveitarem situações do cotidiano para desenvolver essas habilidades em seu filho.

O meu filho é pequeno, está na escola, mas o que ele gosta mesmo é de se comunicar por rabiscos. Isso é grave para a alfabetização?

"Há uma fase em que a criança só faz garatujas e acha que está escrevendo...", esclarece Magda. "As mães reclamam da escola, só que elas não sabem que esses rabiscos são muito importantes no contato inicial com a escrita". Isso significa que a escola deve, de um lado, transmitir informação para ajudar os pais a compreender as diversas fases da alfabetização, "mostrando que tudo o que acontece com a criança durante esse processo tem o seu valor", acrescenta a educadora. E, de outro, ainda que o esforço pela sobrevivência seja enorme entre as camadas populares, participar das reuniões de pais é "importantíssimo", ela ressalta - exatamente porque ajuda a se manter informado sobre o dia a dia da alfabetização dessa criança.

Se o meu filho, de mais de 8 anos, não conseguir ler um texto simples, o que devo fazer? Falar com o professor e/ou diretor da escola?

É muito importante que a família acompanhe atentamente o desempenho de sua criança, tentando entender a causa desta ou daquela dificuldade que vem à tona para pedir ajuda a quem domina o assunto. Mas atenção: "Não é preciso esperar que a criança tenha oito anos para buscar explicações, pois é perfeitamente possível a leitura de textos simples já aos sete anos", alerta Inês. Mais: os pais devem averiguar se os problemas que atrapalham a aprendizagem do seu filho acontecem apenas com ele ou também são de outros alunos da mesma classe. "Nesse caso, o problema pode estar no ensino, e não na criança", avança.

Como posso estimular meu filho em casa para desenvolver a leitura e a escrita?

A receita é simples: aproveitar todos os momentos do dia a dia onde esse tipo de habilidade normalmente é exercitado. "Ler a receita de comida diferente, ou a embalagem do produto de higiene, ou ainda, a placa de uma rua... E ajudar a redigir a lista de compras, enfim, vivemos numa sociedade que se vale dos códigos escritos e onde não faltam oportunidades para exercitar seu uso", diz Inês. Já Magda Soares, sempre atenta ao dia a dia de quem dá um duro danado para sobreviver, o que rouba tempo para acompanhar a educação do filho como gostaria, é de opinião que a escola pública deve ajudar essa mãe (e esse pai, se for o caso). "São famílias que não tiveram as mesmas oportunidades que hoje estão sendo oferecidas aos filhos e que não têm condições de orientá-los, como ler uma história na hora de dormir...", comenta Magda. O que poderia ser feito por parte da escola? "O interessante é que aconteça o contrário, sugerir às crianças que leiam para seus pais, assim os livros também vão alcançar o núcleo familiar e despertar o interesse pela leitura entre os menos favorecidos".

Uma das metas do último PNE determina que 95% dos alunos precisam terminar o ensino na idade certa e com conhecimentos compatíveis. E, para que isso aconteça, é preciso que eles sejam alfabetizados na idade certa também.

Escolas públicas (e privadas) do País têm uma tarefa a cumprir: seguir à risca, no dia a dia, as metas do Plano Nacional de Educação (PNE), um total de 20. Entre elas, como já foi destacado, a de alfabetizar as crianças até os oito anos. É o tipo de informação que precisa ser do conhecimento de todas as famílias brasileiras. "É importante chamar a atenção dos pais, pois eles têm o direito e o dever de cobrar da escola o cumprimento dessa meta", reforça Inês. Mas também é preciso o envolvimento das crianças e famílias. "O primeiro passo para uma criança ir bem durante o período de alfabetização - e nas séries seguintes - é estar presente na escola", garante Inês.


Fonte: Educar para crescer -Editora Abril

Geometria para o 4º ano

Planificação de prismas e identificação de alguns de seus elementos: faces, vértices e arestas.






Para que a atividade seja melhor explorada, manusear modelos de prismas e pirâmides, identificando as faces, os vértices e as arestas.



Corpos redondos: cilindro, cone e esfera.



Observando as figuras, os alunos começam a distinguir suas características e reconhecer suas propriedades e seus elementos.
Nessas atividades de representação e reconhecimento de vista superior e frontal de um objeto, eles associam, por exemplo, as vistas com figuras planas.

28 de maio de 2015

Matemática e Literatura Infantil



O ensino da Matemática associado ao trabalho com a literatura infantil vem se apresentando como uma possibilidade bastante significativa no processo de ensino-aprendizagem nas séries iniciais. Muitas histórias infantis podem ser abordadas nas aulas de Matemática, permitindo a exploração de diferentes tipos de registros. Concomitantemente, essa abordagem possibilita uma relação com as aulas de Língua Portuguesa, permitindo que se desenvolva um trabalho interdisciplinar, uma vez que, nas séries iniciais, geralmente, um mesmo professor atende diferentes áreas do conhecimento.

Uma possibilidade é propor aos alunos que façam a leitura da história. Em seguida, propor-lhes que contem a história (registro oral) e representem-na por meio de um desenho (registro pictórico). Nesse desenho, de modo geral, os alunos costumam representar os elementos que mais lhe chamam a atenção na história. Pode-se, na sequência, propor problematizações sobre a história. A solução das problematizações pode ser evidenciada nos registros orais, pictóricos ou escritos, associadas a representações numéricas e espaciais.


Exemplos de como a Literatura Infantil pode ajudar os alunos a resolver problemas e a perceber que há vários caminhos para chegar a um resultado correto.

Os problemas da família Gorgonzola


Toda família tem seus problemas, mas essa família...
“Os problemas da família Gorgonzola” é um livro interativo, cheio de desafios e muito, muito divertido.

Eva Furnari foi, mais uma vez, genial ao escrever esse livro, pois ensina e estimula o raciocínio, mostrando que brincando também é possível aprender Matemática.

A família Gorgonzola é formada por 5 membros, Seu Oto, Dona Bárbara, os três filhos: Garrancho, Picles e Grudi, seus parentes e bichos de estimação muito estranhos.

Ah! O livro também traz um teste para saber que tipo de cérebro tem dentro da nossa cabeça.

Um ótimo livro para fazer quem não gosta de Matemática mudar de ideia!


Clique no link abaixo e veja uma sugestão de projeto sobre o livro de Eva Furnari:


Você já conhece a história "As Centopeias e seus Sapatinhos", de Milton Camargo, Editora Ática, 2004?




Sugestões:

Link da história contada e ilustrada:

Livro - slideshare



Assim que terminar de contar a história, proponha aos seus alunos que:

a)     conversem sobre a história.

O que pode ser observado e avaliado: o entendimento sobre o enredo da história, a apropriação do vocabulário matemático (primeiro, maior/menor ...)

b)     desenhem a história ou os aspectos de que mais gostaram ou chamaram atenção.

O que pode ser observado e avaliado: a noção de proporcionalidade nas diferenças de tamanhos entre os elementos desenhados, a representação do espaço e a localização dos elementos da história nesse espaço, as diferentes representações da história criadas entre os alunos.

c)     resolvam problemas matemáticos, como por exemplo, os seguintes:
- como vocês fariam para descobrir a quantidade de sapatinhos que a Centopeinha precisava?
- supondo que a Centopeinha tenha trinta pezinhos, quantas caixas de sapatos Dona Joaninha teve que trazer?

Os alunos podem chegar ao resultado do número de caixas de sapatinhos da centopéia-filha utilizando-se da contagem do número total de caixas contendo os pares (dois a dois). Outros observarão que como são 30 pés, basta se calcular a metade para achar o

número de caixas, o que significa, neste caso, a sinalização da compreensão e utilização de processos multiplicativos e de divisibilidade.

O que pode ser observado e avaliado: a compreensão do problema, os caminhos utilizados para contar a quantidade de sapatinhos, a utilização da linguagem matemática, como por exemplo, o aparecimento de notações numéricas, símbolos matemáticos e algoritmos.

Algoritmo é um processo ou uma técnica de cálculo. Por exemplo: algoritmo das quatro operações (adição, subtração, multiplicação e divisão); algoritmo para o cálculo do mínimo múltiplo comum; entre outros.

É interessante ir realizando anotações das observações e análises feitas em cada modalidade de registro como modo de documentar o processo de aprendizagem do aluno. Para isso, você pode arquivar registros coletados em relação a cada atividade e a cada aluno.

a)   Observe os exemplos de registros desenvolvidos pelas crianças sobre a história da Centopeia. Indique outros aspectos que podem ser considerados na avaliação, além dos já citados anteriormente.

b) Liste, no mínimo, três histórias infantis que permitam explorar conhecimentos matemáticos. Identifique os conteúdos que podem ser explorados em cada história. Anote-os.

c)  Selecione uma das histórias. Elabore uma atividade de ensino para o tratamento da história escolhida. Aponte aspectos do conhecimento matemático que podem ser observados e avaliados em cada tipo de registro.




Fonte de pesquisa
Coleção Avaliação da Aprendizagem - Matemática
INFOP - Universidade Federal do Paraná

15 de maio de 2015

Trabalhando com palavras

Duas atividades quentinhas para você trabalhar a formação de palavras, sílabas, quantidades e letra cursiva.
Para enriquecer ainda mais, você poderá aproveitar as palavras e trabalhar no caderno: formação de frases, ordem alfabética, acrósticos e etc.

Bom trabalho!




11 de maio de 2015

Vai um? Empresta um?






As operações de adição e subtração representam uma das grandes dificuldades para os alunos das séries iniciais. Muitos professores acreditam que, para aprender a resolver essas operações, basta decorar uma série de etapas. Por exemplo, para resolver a operação abaixo:



Em geral, os alunos aprendem a recitar mentalmente o que fazer: “cinco mais sete igual a doze, fica dois, vai um. Um + um + um = três. O resultado é 32”. Esse aluno sabe resolver a operação; mas, será que se lhe perguntarmos o que significa “vai 1”, ele saberá responder?

É muito importante que o professor permita ao aluno ter acesso a diferentes formas de calcular, seguindo várias propostas. As operações são ensinadas como técnicas, ou seja, séries de ações que, se repetidas, conduzem ao resultado esperado. Na maioria das vezes, essas ações são aplicadas sem que se saiba seu significado, o porquê de cada etapa; sem saber o que faz a conta dar o resultado correto.

Além disso, com freqüência o ensino do algoritmo se confunde com a própria operação a que se relaciona. Dizemos, muitas vezes, que um determinado aluno já sabe somar porque ele saber fazer uma conta de adição. A operação de adição é um conteúdo bem mais amplo e complexo, que envolve várias ações e idéias, não apenas uma técnica de cálculo.

Outro ponto a ser considerado é que, para os alunos, é importante o contato com diferentes maneiras de calcular e, principalmente, que possam utilizar estratégias criadas por elas mesmas. Ao aprender o algoritmo da adição, um aluno do 2º ano, por exemplo, pode resolver esta operação da seguinte forma:


Como ainda não havia compreendido o transporte para a coluna das dezenas (“vai um”), somou as unidades e colocou o 12 abaixo da linha; depois, somou as dezenas e encontrou o resultado apresentado.

No entanto, se esse aluno já realiza suas contas por meio da decomposição dos números e sabe que o resultado deve estar próximo de 30 (pois somou: 10 + 10 = 20, sendo o 10 do 15 e o 10 do 17), pode perceber que seu resultado não está correto, antes mesmo que o professor aponte o erro. O fato de ter acesso a diferentes estratégias de cálculo ajuda o aluno a controlar seu resultado.

Quando vamos ao supermercado e temos que somar o total de uma compra como, por exemplo, 29 + 32, podemos:

a) Arredondar os números envolvidos e obter uma soma aproximada. Neste caso, faríamos: 30 (arredondando 29) mais 30 (arredondando 32).Portanto, 60 seria um valor aproximado do resultado.

b) Utilizar a decomposição decimal dos números. Neste caso, 29 se converteria em 20 + 9 e 32 ficaria 30 + 2. Em seguida, é preciso somar as dezenas: 20 (do 29) + 30 (do 32) = 50. Depois, somar as unidades: 9 (do 29) + 2 (do 32) = 11. Por fim, basta juntar os totais parciais encontrados: 50 + 11 = 61.

c) Recorrer a outras decomposições. Poderíamos fazer o seguinte:

29 = 25 + 4 
32 = 25 + 7
29 + 32 = 25 + 25 + 4 + 7
29 + 32 = 50 + 4 + 7

A escolha da estratégia mais adequada depende da situação. No caso do supermercado, se eu quiser apenas ter uma idéia aproximada de quanto já gastei, talvez a primeira estratégia seja melhor.

O professor deve oferecer aos alunos a possibilidade de experimentar diferentes formas de cálculo favorecendo a escolha das estratégias mais adequadas à vida prática. O algoritmo tradicional (ou conta armada) também é importante e precisa ser ensinado. Mas não como a única forma de calcular e não de forma mecânica, sem que o aluno entenda o que está fazendo.

Se desejamos que nossos alunos tenham contato com o algoritmo, mas que não o aprendam como uma série de passos sem significado e também que experimentem outras estratégias, é importante dar-lhes tempo para pesquisar, trocar experiências com seus colegas e “inventar” formas de calcular, antes de aprender o algoritmo.

A busca de estratégias pessoais de realização do cálculo envolve diversos conhecimentos a respeito dos números e da maneira de operar com eles. Todo esse aprendizado será fundamental para a compreensão dos passos envolvidos na realização da conta armada.

Estratégias pessoais
Ensinar aos alunos diferentes técnicas de cálculo, com base no que eles mesmos criaram pensando em correspondências, é uma ótima maneira de valorizar suas contribuições. Além disso, garante que o aprendizado não seja memorizado mecanicamente, sendo compreendido de fato pelos alunos.


O algoritmo da subtração

Como vimos no ensino da operação de adição, a principal dificuldade é o transporte, o “vai um”.

A operação de subtração também coloca seus desafios, se quisermos que os alunos não se limitem a repetir as etapas, sem compreendê-las. No caso da subtração, o maior desafio é explicar o significado do “empresta 1”.

Por exemplo:

João tinha 72 reais. Gastou 38 reais comprando algumas roupas. Quanto sobrou? Um aluno pode resolver assim:




É simples compreender o que ele fez. Ele decompôs o 72 em 7 grupos de 10, pois sabe que o 7 do número 72 vale 7 vezes o número 10. Depois, riscou os três grupos de 10 correspondentes ao 38. Para subtrair o 8, transformou uma das dezenas restantes em dez unidades, deixando sobrar 2 (10 - 8). Feito isso, bastou contar quanto sobrou. Como seria a conta armada para resolver esse mesmo problema?




Quando cortamos o 7, para que ele “empreste 1” ao 2, estamos dando os seguintes passos:

a) Separamos uma das dezenas do 70, transformando-o em 6 dezenas + 10 unidades.

b) Juntamos as 10 unidades ao 2, totalizando 12.

É muito importante não esquecer que, nesta conta armada, o 7 não é apenas 7, na verdade, ele continua valendo 70, ou 7 dezenas. Quando “empresta 1”, está emprestando uma dezena, que se juntará às duas unidades, transformando o 2 em 12 (10 + 2). É mais ou menos isso que o aluno fez, ao transformar 10, daqueles em que decompôs o 72, em dez palitos. Ele não juntou essas dez unidades com as outras duas porque, para seu cálculo, isso não seria necessário. Mas, no algoritmo, é.

A conta de “escorregar”

Uma outra maneira de realizar a conta de subtração é aquela em que se empresta 1, mas esse 1 “escorrega” e é acrescentado ao subtraendo:


Veja o que aconteceu neste caso.



Assim, somando 10 aos dois termos, o resultado da subtração se mantém o mesmo. Para os alunos das séries iniciais é muito mais difícil compreender esse modo de fazer uma subtração. O mais simples é relacionar a subtração aos conhecimentos que já construíram.

Ensinar aos alunos que, no 72, o 7 vale 70 ou 7 grupos de 10; que um desses grupos de 10 corresponde a 10 unidades, e assim por diante, fica mais fácil de ser entendido.

Por definição, Matemática é um conjunto de conhecimentos abstratos que encontram uma correspondência no mundo concreto. Complicado? Teoricamente, para as crianças é, e muito! Por isso cabe ao professor se valer de recursos lúdicos para facilitar tal transposição, a fim de permitir a visualização prática e significativa dos processos de adição e subtração que, por sua vez, ao serem compreendidos, levarão a criança a entender a abstração natural dos números.

Dica de leitura!



Lucas pilota uma cadeira amarela. Quer saber como? Então, acompanhe a história desse menino e de seus colegas de classe. 
Eles tiveram de usar a adição e a subtração para tentar ganhar um jogo de basquete. Prepare-se para descobrir como esse jogo vai terminar.

Publicado pela Editora Moderna, ele pode ser encontrado nas melhores livrarias, inclusive as virtuais.


26 de abril de 2015

Trabalhando com a diversidade textual


Como trabalhar com textos na alfabetização? 
Se a criança não sabe ainda ler palavras simples, poderá ler uma história? É possível alfabetizar sem ensinar as letras uma a uma?

 A alfabetização a partir de textos tem sido realizada com êxito há algumas décadas. O trabalho com pequenos textos — sejam eles notícias, poemas, quadrinhas, contos de fadas e etc. —, é uma possibilidade interessante de ampliar o repertório dos alunos. Para aprender a ler, é necessário conhecer as letras e os sons que elas representam, e assim, compreender o que está escrito. Os textos poderão ser favoráveis para enfocar estas duas facetas da aprendizagem: a alfabetização e o letramento. 

A raiz da palavra texto é a mesma da palavra tecer, portanto o texto é um “tecido” feito com muitas palavras, assim como um pano é um tecido de fios. Sabemos que fios soltos não formam um tecido, assim como palavras soltas, desconexas, sem um sentido que as aproxime, não formam um texto. Um texto pode ser curto ou longo: uma frase ou uma oração que expressa um significado completo pode ser texto. Assim, o texto é mais do que a soma de palavras e frases. 

O trabalho com textos é possível desde a Educação Infantil, para isso é necessário que o professor leia o texto e converse com a turma sobre ele. Qual o significado do que foi lido? O que compreenderam? Esse diálogo deve permitir que os alunos se manifestem livremente. Deve-se fazer em seguida a leitura didática, apontando as palavras com o dedo ou uma régua, mostrando os espaços em branco entre as palavras, dando uma noção importante de que os espaços marcam os limites gráficos das palavras, onde começam e onde acabam. Quando se apresenta um texto aos alunos, é importante ressaltar quem é o autor, as intenções com que foi produzido tal texto, o assunto de que trata, o título e o gênero a que pertence. 

A diversidade de gêneros textuais é importante no contexto da escola, pois demonstra aos alunos a função social da escrita. Devemos trabalhar com textos reais para aproximar os alunos de diferentes gêneros, e é preciso que os alunos se aproximem da realidade que os cercam e se apropriem dos textos que circulam na sociedade em que vivem, para conhecer e entender sua função social.

As quadrinhas, poesias, contos, parlendas, anúncios, dentre outros, precisam acompanhar a prática docente diariamente. O mundo que cerca nossos alunos é composto basicamente deles, portanto são eles que devem ocupar nossas salas de aula. Quando não utilizamos outros gêneros textuais em sala de aula e nos prendemos apenas ao texto narrativo, perde o aluno porque foi limitado ou impedido de acessar outros tipos de texto, o que pode acontecer somente mais tarde, ou nem acontecer, e perde o professor porque deixou uma ótima oportunidade de aprender juntamente com os alunos. 

O que podemos fazer quando trabalhamos com o texto: circular ou marcar palavras no texto, pintar intervalos entre as palavras, completar o texto com palavras que faltam, ordenar frases do texto, comparar textos do mesmo assunto, dar ao texto sua função social (escrita de bilhetes para os colegas, cartazes para serem expostos na escola e etc.), criar um caderno de textos que possa ser levado para casa e compartilhado com a família.

Se ler é atribuir significado, qualquer criança, antes mesmo de estar alfabetizada é capaz de ler. Portanto, é essencial o trabalho de leitura sobre textos contextualizados em situações em que a leitura seja funcional, pois só se pode aprender a ler, lendo.

Todos os alunos precisam participar de atos de leitura para que descubram que a escrita e a fala se relacionam. É importante que todos tenham a oportunidade de manusear livros de diversos gêneros textuais. É interessante que se tenha uma caixa em sala de aula, contendo alguns livros, que podem ter sido lidos anteriormente pelo professor no momento da “leitura compartilhada” na “roda de conversa”. Esse momento consiste na leitura de um texto pelo professor para a turma. Ler pelo simples prazer de ler, não uma leitura que preceda algum tipo de atividade, mas sim uma leitura prazerosa, por meio da qual o aluno veja o professor como um modelo de leitor, que utiliza entonações e dá vida ao texto lido.

Como sugestões de outras atividades de leitura podemos: realizar o empréstimo de alguns livros em sala de aula, deixando que os alunos o levem para casa e no dia seguinte contem a história na “roda de conversa” para os demais colegas. Mesmo que ainda não saiba ler convencionalmente o aluno pode utilizar outras estratégias para contar a história: escolher uma história na “roda de leitura”, e depois visitar a outras salas para que eles contem a história que foi ouvida na “roda de conversa”. O professor pode ainda fazer uma “roda de leitura”, para que a leitura da história feita pelos alunos seja gravada por meio de um gravador, a partir dessa leitura, seja gravado um CD com diversas histórias contadas pela turma.


Fonte de pesquisa: 
Aprender - Caderno de Atividades Pedagógicas
Secretaria de Educação - Duque de Caxias

19 de abril de 2015

A avaliação no contexto educacional


Avaliar é, sem dúvida, uma das ações que mais realizamos em nossa vida, mesmo sem perceber. Avaliamos se é melhor comprar laranjas na barraca A ou na barraca B; avaliamos qual o melhor caminho para chegarmos ao trabalho etc. Mas, o que é avaliar? Para que avaliamos? O que avaliamos? Quais as condições para uma boa avaliação? 

É preciso afirmar que a avaliação não se opera no vazio; avaliamos para tomar decisões. Avaliar pode ser entendido como um conjunto de procedimentos e de processos de coleta, de tratamento e de comunicação de informações, realizado com o objetivo de tomada de decisões. Avaliar seria, então, a organização (ou estudo) de situações que permitam recolher informações que, após tratamento, sejam capazes de revelar algo de confiável e de substancial sobre o valor de um objeto, de um processo ou de um comportamento. 

Outro ponto que não pode ser negligenciado é o “valor” trazido no bojo da ideia de avaliação (pelo menos por sua etimologia). Dessa forma, avaliar assume o significado de atribuir valor a um objeto. Esse valor pode se referir à conformidade (ou desvio) de um comportamento do aluno em relação a certas expectativas da instituição, à qualidade de uma produção desse aluno, ao significado de um comportamento observado. 

Mas o que é importante ressaltar, mais uma vez, é que a avaliação prepara e alimenta decisões. Ela não impõe essas decisões; as decisões são exteriores à avaliação e são relativas ao que se está avaliando. Pode-se tratar de uma decisão pontual, como elaborar uma nova sequência didática para favorecer a superação das dificuldades dos alunos ou uma decisão ampla, como trocar o livro didático adotado na escola.

No contexto escolar, cada professor se vale de diferentes formas para avaliar a aprendizagem dos alunos, verificando se eles conseguiram atingir os objetivos e identificando as dificuldades que apresentam. Quando elabora uma avaliação, o professor deve ter em mente o que irá avaliar. Uma vez delimitado “o que avaliar”, é possível escolher quais os instrumentos mais adequados para a avaliação, ou seja, podemos estabelecer o “como avaliar”.  

"A avaliação deve ser encarada como reorientação para uma aprendizagem melhor e para a melhoria do sistema de ensino", resume Mere Abramowicz, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Daí a importância de pensar e planejar muito antes de propor um debate ou um trabalho em grupo. É por isso que, no limite, você pode adotar, por sua conta, modelos próprios de avaliar os estudantes, como explica Mere. "Felizmente, existem educadores que conseguem colocar em prática suas propostas, às vezes até transgredindo uma sistemática tradicional. Em qualquer processo de avaliação da aprendizagem, há um foco no individual e no coletivo. 
Cipriano Carlos Luckesi, professor de pós-graduação em Educação da Universidade Federal da Bahia, lembra que a boa avaliação envolve três passos: 
  • Saber o nível atual de desempenho do aluno (etapa também conhecida como diagnóstico);
  • Comparar essa informação com aquilo que é necessário ensinar no processo educativo (qualificação);
  • Tomar as decisões que possibilitem atingir os resultados esperados (planejar atividades, sequências didáticas ou projetos de ensino, com os respectivos instrumentos avaliativos para cada etapa).
Tendo em vista as contribuições que a avaliação pode trazer para a organização do trabalho docente, vale reafirmar que os professores e gestores, com base nos resultados da avaliação, devem refletir sobre a prática pedagógica desenvolvida na escola. O objetivo dessa reflexão é redefinir o planejamento de ensino e aprendizagem, modificando-o, especificando-o, aprimorando-o.