Foto: Nana Sievers
Todas essas mudanças, porém, não devem ser encaradas como um problema. Elas fazem parte da evolução natural e saudável da vida da criança. E os pais podem - e devem - ajudar seus filhos a se preparar da melhor maneira possível para essa transição. "O importante é demonstrar segurança para a criança. Dizer que se ela está indo para essa nova fase é porque já tem idade para isso e está pronta", diz Rosana Ziemniak, coordenadora da Educação Infantil do Colégio Magister, de São Paulo.
Em primeiro lugar é preciso que os próprios pais estejam seguros e compreendam esse novo momento da vida dos filhos. "O pai que é inseguro deixa a criança com medo", diz Rosana Ziemniak, coordenadora da Educação Infantil do Colégio Magister, de São Paulo. "Não se deve ficar colocando dúvidas na cabeça da criança e nem gerando expectativas ao dizer que agora as coisas serão mais difíceis, que ela terá provas e notas, por exemplo", explica a coordenadora, acrescentando que o importante é valorizar a nova fase que a criança vai viver. "Mostre que a próxima série é um passo adiante em sua vida, mas que ela tem toda a capacidade para se sair bem", afirma ela.
Como os pais devem se preparar para essa nova fase da vida de estudante de seus filhos?
A primeira dica é não criar muitas expectativas. "Não se pode esquecer que crianças de seis anos, no primeiro ano do ensino fundamental, ainda estão em fase alfabetização. Não se pode esperar que elas escrevam uma redação de três páginas. É importante não cobrar demais as crianças e ter cuidado para não gerar ansiedade", diz Roseli Carreiro Zanlorenzi de Araujo, diretora da educação infantil do Colégio Vértice, de São Paulo.
Rosana Ziemniak, coordenadora da Educação Infantil do Colégio Magister, concorda: "Nunca se deve cobrar aquilo que ainda não é hora de ser cobrado. E nem fazer comparações com outras crianças, dizendo que esta ou aquela tem desempenho inferior ou superior. Cada criança tem seu tempo e é importante lembrar que para haver aprendizagem é preciso haver diversidade: aquele que está mais avançado trabalhando em par com o outro que ainda está menos avançado propicia crescimento para ambos", explica ela.
A participação dos pais nessa transição, segundo ela, não deve ficar restrita ao ambiente escolar. Os pais devem estimular o crescimento e a curiosidade das crianças nessa fase, programando passeios a livrarias por exemplo. "As crianças que em casa ou em passeios junto com a família têm esses estímulos terão muito mais facilidade de se desenvolver na escola em seu processo de alfabetização e de conhecimentos em geral", afirma ela.
Rosana Ziemniak, coordenadora da Educação Infantil do Colégio Magister, concorda: "Nunca se deve cobrar aquilo que ainda não é hora de ser cobrado. E nem fazer comparações com outras crianças, dizendo que esta ou aquela tem desempenho inferior ou superior. Cada criança tem seu tempo e é importante lembrar que para haver aprendizagem é preciso haver diversidade: aquele que está mais avançado trabalhando em par com o outro que ainda está menos avançado propicia crescimento para ambos", explica ela.
A participação dos pais nessa transição, segundo ela, não deve ficar restrita ao ambiente escolar. Os pais devem estimular o crescimento e a curiosidade das crianças nessa fase, programando passeios a livrarias por exemplo. "As crianças que em casa ou em passeios junto com a família têm esses estímulos terão muito mais facilidade de se desenvolver na escola em seu processo de alfabetização e de conhecimentos em geral", afirma ela.
Quais as principais mudanças que trazem o Ensino Fundamental 1?
Uma das grandes novidades para as crianças que deixam a educação infantil e entram no fundamental 1 são as notas e as provas. Algumas escolas já as aplicam no primeiro ano, que é o antigo pré-primário, mas outras só as introduzem a partir do segundo ano. Outra mudança é com relação aos horários de brincadeira e espaços físicos das escolas. Na educação infantil muitas vezes as crianças têm um espaço diferenciado dedicado a elas - como área com balanços e tanque de areia - e mais tempo para brincar. No fundamental 1 geralmente as brincadeiras passam a ser realizadas durante o horário de lanche.
"No fundamental 1 as crianças continuam a ser supervisionadas, lógico, mas têm mais autonomia para por exemplo comprar seu lanche, e passam a conviver com crianças maiores", diz Rosana Ziemniak, coordenadora da Educação Infantil do Colégio Magister. Se por um lado têm mais autonomia, por outro têm também mais responsabilidades, como com os deveres de casa.
"No fundamental 1 as crianças continuam a ser supervisionadas, lógico, mas têm mais autonomia para por exemplo comprar seu lanche, e passam a conviver com crianças maiores", diz Rosana Ziemniak, coordenadora da Educação Infantil do Colégio Magister. Se por um lado têm mais autonomia, por outro têm também mais responsabilidades, como com os deveres de casa.
Como preparar os filhos para suas novas responsabilidades?
Segundo Roseli Carreiro Zanlorenzi de Araujo, diretora da educação infantil do Colégio Vértice, os pais podem ajudar estimulando desde cedo que as crianças criem o hábito de fazer o dever de casa sozinhas e sem ter que precisar mandar fazer. "A lição de casa é responsabilidade da criança e ela tem que criar o hábito de incorporar em sua rotina essa atividade. Os pais não devem fazer o dever por elas, mas podem questionar se o dever foi feito", afirma Roseli. Os pais também devem estimular os filhos a tomar cuidado com seu material e a mantê-lo organizado.
Foto: Cláudia Mariano
"Os pais devem participar da vida escolar, sem dúvida. É importante conversar sobre o que os estudantes aprenderam na escola, fazer uma leitura conjunta do jornal, demonstrar curiosidade em relação à rotina de estudos. Eles podem, inclusive, ajudar a tirar dúvidas se tiverem prazer nisso, mas não devem fazer os exercícios pelo filho", diz Cleuza Vilas Boas Bourgogne, da Escola Móbile. Ou seja, os pais podem ajudar, sim. Mas é importante que não atravessem a criança. A lição de casa é, sobretudo, um exercício que o aluno deve fazer sozinho, justamente para que os professores descubram quais são as suas dificuldades.
Texto: Adriana Carvalho
Fonte: Educar para crescer
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