A estrutura espaço-temporal envolve a análise,
processamento e armazenamento de informações, ou seja, acuidade auditiva,
memória visual e auditiva. Além de organizar-se dentro de um tempo e espaço, o
que é imprescindível para a aprendizagem da leitura e da escrita. A estrutura
espaço-temporal para ser bem sucedida depende de uma boa maturidade
psiconeurológica e cognitiva. Quando não estimulada pode levar a leitura lenta
ou rápida; escrita unindo as palavras. Repetição de frases com omissão de
palavras, ou seja, fala desorganizada, dificuldade para ordenar história dentro
de uma sequência lógica, dificuldade em ritmo.
A
Organização Espaço Temporal, é a capacidade que o indivíduo tem de situar-se e
orientar-se em relação aos objetos, às pessoas e ao seu próprio corpo em um
determinado espaço. É saber localizar o que está à direita ou à esquerda; à
frente ou atrás; acima ou abaixo de si, ou ainda, um objeto em relação a outro.
É ter noção do longe, perto, alto, baixo, longo, curto (ASSUNÇÃO;
COELHO,1997, p.91-96).
A
orientação espacial é a consciência do corpo com o meio. A criança que inicia o
processo da alfabetização sem possuir as noções de posição e orientação
espacial, pode apresentar os seguintes problemas em sua aprendizagem:
•
confundir letras que diferem quanto à orientação espacial (b/d, q/p);
•
ter dificuldade em respeitar a ordem das letras na palavra e das palavras na
frase (brasa/barsa);
•
ser incapaz de locomover;
•
não respeitar a direção horizontal do traçado, na escrita;
•
não respeitar os limites da folha;
•
apresentar sérias dificuldades para se organizar com seu material escolar;
•
esbarrar em objetos e pessoas.
Para
entendermos o movimento humano, as noções de corpo, espaço e tempo têm
que estar intimamente ligadas. O corpo coordena-se, movimenta-se continuamente
dentro de um espaço determinado, em função do tempo, em relação a um sistema de
referência.
Atividades propostas:
Coelhinho sai da toca
Objetivos: organizar-se no
tempo e no espaço
Idade: a partir dos quatro
anos
Desenvolvimento: As crianças
se dispõem em duplas formando tocas, sendo que dentro de cada toca terá um
componente que irá trocar de toca com os demais, e assim sucessivamente.
Somente um integrante ficará sem toca para conseguir a sua, no momento em que
os demais, ao som do comando, trocarem de toca.
Material: Recursos humanos
Pato Cinza
Objetivos: organizar-se no
tempo e no espaço
Idade: a partir dos três anos
Material: Recursos Humanos
Desenvolvimento: As crianças
dispostas em roda, uma delas ficará de fora para estar comandando a
brincadeira. Esta baterá na cabeça dos demais que estão no círculo, falando a
seguinte palavra “PATO, PATO, PATO”, quando este falar “PATO CINZA”, a criança
escolhida terá que pegá-lo e este terá que fugir, sentando no local da criança
escolhida.
Movimentação no espaço
Local:
quadra ou espaço similar
Materiais:
giz colorido e
bolas.
1. Todos iniciam o
jogo andando livres pela quadra, ao sinal do apito do professor formam,
rapidamente, uma coluna com um aluno em pé e outro agachado e assim
sucessivamente até final da coluna.
2. As crianças voltam a
andar livremente e ao sinal do apito do professor, formam uma grande roda, de
forma que um fique com o corpo virado para fora da roda e o outro
com o corpo virado para dentro, intercalando as posições.
3. Enquanto os alunos
andam, desenhe um quadrado no chão, e ao sinal do apito peça que todos entrem
dentro dele.(Desenhe um quadrado menor do que o número de alunos da sua turma,
para que eles precisem se “espremer” para entrar nele.
VARIAÇÕES:
1. Peça ás crianças que entrem no quadrado pulando
com o pé direito, segurando o esquerdo com a mão (tipo Saci-Pererê);
2. Faça vários desenhos no chão. Divida o grupo em
pares. Distribua bolas para cada dupla. Ao sinal do apito cada criança joga a
bola para o seu par, andando e jogando sem pisar nos desenhos e sem deixar a
bola cair.
Dinâmica do Tubarão
Desenvolvimento: Dar um jornal
para cada participante, pedindo que coloquem no chão e que imaginem que o
jornal é um barco, tudo que estiver em volta será o mar. Avisar que quando
o coordenador parar a música e gritar “olha o tubarão”, todos tem que
subir no jornal.
Na medida em que as músicas vão
tocando, o coordenador vai tirando aos poucos os jornais, para que as
pessoas ao subir no “barco” tenham que ficar juntas, no final dependendo
da quantidade de pessoas deixar só dois jornais.
Dinâmica do Nó
Desenvolvimento: Os participantes em
pé, formam um círculo e dão as mãos. Pedir para que não se esqueçam de
quem está ao seu lado esquerdo e direito.
Após esta observação, o grupo deverá
caminhar livremente. Ao sinal do animador o grupo deve parar de caminhar e cada
um deve permanecer no lugar exato que está. Então cada
participante deverá dar a mão à pessoa que estava ao seu lado (sem sair
do lugar, ou seja, de onde estiver) mão direita para quem segurava
a mão direita e mão esquerda para quem segurava a mão esquerda (como no
início).
Com certeza, ficará um pouco difícil
devido à distância entre aqueles que estavam próximos no início, mas o
animador tem que motivar para que ninguém mude ou saia do lugar ou troque
o companheiro com o qual estava de mãos dadas. Assim que
todos estiverem ligados aos mesmos companheiros, o animador pede que
voltem para a posição natural, porém sem soltarem as mãos e em silêncio.
(O grupo deverá desamarrar o nó feito e voltar ao círculo inicial,
movimentando-se silenciosamente). Se após algum tempo não conseguirem
voltar a posição inicial, o animador libera a comunicação. Enfim,
partilha-se a experiência vivenciada.
(destacar as dificuldades).
Obs.: Sempre é possível desatar o nó
completamente, mas quanto maior for o grupo, mais difícil fica. Sugerimos
que se o grupo passar de 30, os demais ficam apenas participando de fora.
Dinâmica do cabo de guerra cooperativo
Desenvolvimento: colocar dentro de uma
sacola uma bala para cada participante, a qual terá em cada alça um
barbante de dois metros ou mais amarrado, no centro do local que será
realizada a brincadeira colocar um barbante em formato de circulo, no
qual terá que cair todas as balas, em seguida dividir o grupo em dois
e dar a seguinte orientação:
Como é uma brincadeira cooperativa os
grupos devem ter forças iguais e fazer com que a sacola rasgue no meio do
círculo, dessa forma eles só poderão pegar as balas que caírem dentro do
círculo e as que caírem fora serão do professor, como as crianças
estão acostumadas com a competição dificilmente vai seguir o comando,
se cair bala fora o professor deve repartir só as que ficaram dentro do
circulo e conversar com os alunos a respeito do que ocorreu, depois de um
tempo aplicar a dinâmica novamente para ver se algo mudou.
Dinâmica da Jabuticaba e do Jacaré
Desenvolvimento: Contar a história
da jabuticaba e do jacaré e dar o seguinte comando: cada vez que a palavra
jabuticaba for falada pedir que sentem e quando falar jacaré que se
levantem.
A
história é a seguinte:
João ia à casa do seu tio Juca
pegar jabuticabas, mas bem no meio do caminho tinha um rio grande,
que não tinha ponte e era preciso atravessar de canoa. Este rio era
repleto de jacarés ferozes.
Diante disso João pensou: Como eu quero
as jabuticabas vou enfrentar os jacarés. Ele então chegou perto da beira
do rio e viu muitos jacarés. Pensou: pego as jabuticabas ou enfrento os
jacarés?
Decidiu enfrentar os jacarés. Entrou na
canoa e começou a remar contra os jacarés. Remou, lutou, lutou, mas sempre
sem se esquecer de suas jabuticabas. Depois de muito remar chegou à
margem do rio.
João pensou: Ufa!!! Esses jacarés me
cansaram, porém estou mais perto das minhas jabuticabas.
João andou, andou e viu o pé de jabuticaba.
Apanhou cinco jabuticabas e lembrou que dali um tempo iria enfrentar os
jacarés, mas voltou contente com as jabuticabas até a margem do rio. Ele
colocou as jabuticabas na canoa e começou a lutar, salvar as jabuticabas e
bater nos jacarés, bater nos jacarés e salvar as jabuticabas, até que ele
jogou uma jabuticaba para os jacarés e eles deixaram Manoel seguir em paz.
Quando João chegou do outro lado do rio desceu da canoa e comeu
todas as jabuticabas.
Tempestade
Desenvolvimento: Todos
sentados em círculo e cada vez que o professor falar a palavra direita todos
mudam pra cadeira da direita, quando o professor falar a palavra esquerda
todos mudam pra cadeira da esquerda e quando a palavra for tempestade
todos trocam de lugar.
O texto é o seguinte:
Vamos fazer uma viagem pelas
águas de um lindo rio, chegando à margem nós vamos entrar em
uma canoa. O dia está lindo, ao olhar o horizonte sentimos o
vento soprar levemente pra direita.
Nesse momento estamos muito contentes,
olhamos ao redor, avistamos a cidade e observamos também as árvores que
estão próximas da margem à esquerda.
Nesse momento estamos nos aproximando
de uma grande pedra à direita, mas nós nos perguntamos: Será que aquelas
nuvens é um sinal de tempestade? É melhor não pensarmos no pior.
Continuando a nossa viagem, iremos
apreciar os lindos pássaros e outras árvores que estão bem longe, à
direita.
A fome apertou e quando levantamos para
lanchar, caímos a direita do barco. Com isso percebemos que o
sol começa a baixar e ficamos pensando : Será que é tempestade?
Mesmo assim continuamos a brincar.
Como tudo estava tranquilo, resolvemos
pescar e jogar os anzóis. Um jogou para a direita e o outro jogou para a
esquerda. Depois de pescar, o sol desapareceu e o fim da tarde chegou. De
repente, o rio começou a jogar a canoa para a esquerda, foi quando vimos
um raio lá no horizonte e gritamos: Tempestade!
Ficamos preocupados e olhamos para a
direita, olhamos para a esquerda, e falamos novamente: será que é
tempestade?
Bem mais perto da margem ficamos aliviados por
que íamos pegar a tempestade em terra firme.
GINCANA COLORIDA
HABILIDADES TRABALHADAS:
Organização espacial, percepção auditiva, ordem sequencial, atenção e concentração.
MATERIAIS:
Camisetas coloridas ou algum material (crachá, um colete de TNT, bonés, viseiras, faixas amarradas na testa ou no braço...) que identifique as crianças.
1.Divida a turma em quatro grupos coloridos, em que cada componente de cada grupo use uma cor, assim todos os grupos terão as mesmas cores. Nessa atividade se propõe quatro cores: azul, amarelo, branco e verde, como se cada grupo tivesse 4 crianças.
Atenção: o número de cores dependerá do número de alunos por grupos. Se a turma for muito numerosa é preciso dividi-la em mais grupos.
2. Faça placas numeradas para que os alunos prendam nas roupas. Todos os do grupo 1 devem ter placas com o nº1, todos os do grupo 2 devem ter placas com o nº2, assim por diante.
O numero de quadrados da tira devem ter o mesmo número de integrantes e de cores do jogo.
5. Dê vários comandos falando o nome de 4 cores e, ao sinal do apito, as crianças de cada grupo deverão correr até as tiras e se posicionar dentro do quadrado na ordem solicitada. Veja exemplos e explore todas as possibilidades.
EXEMPLOS:
Comandos Simples
AZUL - AMARELO - BRANCO - VERDE
As crianças correm até a tira de sua equipe, de acordo com o número de sua placa, e se posicionarem rapidamente na ordem solicitada. Ao final da rodada, todos voltam aos seus lugares e esperam o próximo comando.
Pontuação
o grupo que acertar a sequência de cores solicitada marca 3 pontos e quem trocar alguma cor (criança) de lugar marca apenas 1 ponto. Tenha lápis e papel em mãos para somar os pontos á cada rodada.
COMPLICANDO UM POUCO
Fale o nome de objetos que representem cada cor para que as crianças façam associação:
BANANA - CÉU - NUVEM - LIMÃO ( entrarão na ordem: AMARELO - AZUL - BRANCO - VERDE)
UM JOGO DE MUITAS POSSIBILIDADES
Neste jogo a ORGANIZAÇÃO ESPACIAL é muito solicitada, pois as crianças precisam prestar ATENÇÃO na tira em que deverão entrar. Trabalha também a cooperação e interação ao dividir a turma em equipes, pois se um errar todos perdem. Requer muita ATENÇÃO AUDITIVA aos comandos do professor.
Use de criatividade e aproveite o jogo para trabalhar : EQUILÍBRIO, LATERALIDADEs (dominância lateral), COORDENAÇÃO MOTORA GLOBAL (através de comandos de pular com o pé direito, braço esquedo prá cima, dois pés juntos, marchando...). Se as crianças são muito pequenas ou são alunos ANEEs, use no início apenas duas cores.
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