Portal Educação: Parceria que capacita!

Curso online de Educação Infantil (Teorias e práticas pedagógicas)

10 Brincadeiras Antigas para Resgatar Imediatamente


Criança hoje em dia só quer saber de videogame e jogos eletrônicos? Talvez, se ela só conhecer videogames e jogos eletrônicos! A verdade é que brincadeiras antigas podem interessar muito às crianças, bastando que haja um incentivo para isso. Vale a pena resgatar essas brincadeiras, experimentando divertimentos que fizeram a infância de tantas gerações, aproveitando ainda para desenvolver habilidades como consciência corporal, lateralidade, atenção e foco, controle de impulsos e habilidades sociais.
Aqui você encontrará sugestões de brincadeiras simples e divertidas para incorporar ao repertório das crianças.

1. PULAR CORDA

Faixa etária indicada: acima de 05 anos
Participantes: a partir de 03 para a modalidade abaixo, mas pode ser uma atividade solo
Habilidades envolvidas: Consciência corporal; Coordenação motora grossa; Ritmo; Lateralidade; Equilíbrio; Atenção e foco
Duas crianças (“batedores”) seguram cada uma em uma ponta da corda e começam a batê-la em sentido horário, enquanto uma terceira criança (ou uma terceira e uma quarta simultaneamente), posicionada entre as outras duas, salta toda vez que a corda tocar no chão. O ritmo das batidas pode variar de lento a rápido. É comum acrescentar à brincadeira uma música que envolva comandos que devem ser cumpridos pelo “saltador”. Um exemplo clássico:
Um homem bateu em minha porta
E eu abri
Senhoras e senhores: ponham a mão no chão
Senhoras e senhores: pulem de um pé só
Senhoras e senhores: dêem uma rodadinha
E vão pro olho da rua (comando para a criança sair e dar a vez ao colega)
Com crianças pequenas, há algumas variações possíveis:
“Cobrinha” (a partir de 02 participantes): segurando a corda por uma das pontas, um dos integrantes começa a girá-la rente ao chão, devendo a outra criança saltá-la. Essa atividade é semelhante à brincadeira do “jacaré”, ensinada pelo professor Robson Furlan neste vídeo.
“Cobrinha (II)” (a partir de 03 participantes): havendo dois batedores, cada um segura a corda por uma das pontas e, mantendo-a rente ao chão, começam a movimentá-la para a esquerda e para a direita, simulando o movimento de uma cobra. A terceira criança deve saltar a “cobra” sem encostar nela.


2. ESTÁTUA

Faixa etária indicada: acima de 04 anos
Participantes: a partir de 03
Habilidades envolvidas: Consciência corporal; Equilíbrio; Atenção e foco; Controle de impulsos
Um dos participantes – o “mestre” – toca uma música enquanto os outros dançam. O “mestre” interrompe a música de repente, e as demais crianças devem manter a última posição em que estavam. Vence quem conseguir manter a posição por mais tempo. Pode-se definir se dar risada conta como “mexida” ou não, pois, quando o “mestre” começar a andar por entre as crianças, fazendo caretas e tentando desconcentrá-las, vai ser difícil não cair na risada.

3. BOLA DE GUDE

Faixa etária indicada: acima de 04 anos
Participantes: a partir de 02
Habilidades envolvidas: Coordenação motora fina; Orientação espacial; Atenção e foco; Controle de impulsos; Raciocínio lógico; Habilidades sociais
Há muitas possibilidades de brincar com bolas de gude (inclusive as que seu filho mesmo pode inventar). Uma das mais simples é fazer um triângulo no chão, dispondo cerca de dez bolinhas no centro. De fora do triângulo, e com o dedo indicador rente ao chão, cada jogador lança sua “bola atiradora” (uma bola que se diferencie das outras pela cor ou pelo tamanho) contra as demais bolinhas, tentando “capturá-las”, ou seja, expulsá-las do triângulo. Os jogadores se revezam, vencendo quem capturar mais bolas.
Outra possibilidade é simular uma sinuca de bolas de gude, usando para isso uma mesa com copos plásticos presos junto às quinas, um palitinho para bater nas bolas e uma bola maior, ou de cor diferente, para ser a “bola branca”. Pode-se brincar também no chão, desenhando-se um retângulo e posicionando latinhas nos ângulos para coletar as bolas (se for possível brincar em chão de terra, faça buracos em vez de usar latinhas). Vence quem colocar mais bolas dentro dos vasilhames ou dos buracos.

4. ESCRAVOS DE JÓ

Faixa etária indicada: acima de 04 anos
Participantes: a partir de 04
Habilidades envolvidas: Ritmo; Lateralidade; Atenção e foco; Controle de impulsos; Memória auditiva de curto prazo
Assentadas no chão, formando uma roda, as crianças devem passar o objeto que têm em mãos para o vizinho à direita e receber, com a esquerda, o objeto da criança à esquerda.
Aparentemente muito simples, essa brincadeira é na verdade bastante desafiadora: basta ver que muitas vezes os participantes se perdem nos comandos, ou não seguem o ritmo da música, “embolando” a sincronização. Por isso, talvez seja necessário treinar isoladamente os movimentos antes de cantar a música.
Supondo que o objeto selecionado para a brincadeira seja um copo plástico, vale a pena treinar com a criança, previamente, os seguintes movimentos:
  • Erguer e abaixar o copo até o chão, cantando uma musiquinha para ajudar a manter o ritmo do movimento, ex:“sobe o copo, desce o copo, sobe o copo, desce o copo”;
  • Pegar o copo oferecido pela criança à esquerda e passá-lo para a criança à direita (“pega e passa, pega e passa”). É bom que esse movimento não ocorra no ar, mas no chão, mantendo-se o copo à frente da criança, pois é mais difícil manter o ritmo quando o movimento é executado no ar;
  • Treinar o movimento de zigue-zague, ou seja: sem soltar o copo, leva-lo à direita, à esquerda e à direita novamente, cantando o“zigue-zigue-zá”.
Quando os movimentos já estiverem treinados, comece a cantar a música, combinando o ritmo da melodia à execução dos movimentos:
Escravos de Jó jogavam caxangá (cada criança passa o objeto para a criança à sua direita. Lembre-se: realizando o movimento no chão, o objeto à frente do corpo, fica mais fácil manter o ritmo)
Tira, (erguer o objeto)
põe, (pôr o objeto no chão)
deixa ficar (as crianças dão as mãos)
Guerreiros com guerreiros (voltar a passar o objeto para a criança à direita)
fazem zigue, (colocar o objeto à frente do corpo à direita, sem soltar)
zigue, (colocar o objeto à frente do corpo à esquerda, sem soltar) 
 (colocar o objeto à frente do corpo à direita)
[Repetir: “Guerreiros com guerreiros”…]
Com crianças mais novas, de 4 ou 5 anos, pode-se propor uma variante mais simples, que consiste em passar o objeto para a direita durante a música, seguindo o ritmo, e, ao cantar “zigue-zigue-zá”, manter o objeto parado no chão, com a mão direita sobre ele.

5. CABANINHA

Faixa etária indicada: acima de 02 anos
Participantes: a partir de 02
Habilidades envolvidas: Habilidades sociais; Imaginação e criatividade
Poucas brincadeiras conseguem ser mais simples e estimular tanto a imaginação quanto essa. Com lençóis e o apoio de uma mesa e cadeiras, monte uma cabaninha. Dentro dela, as crianças podem colocar colchonetes, almofadas, ou até fazer divisórias, dependendo do espaço disponível. É uma boa idéia reunir-se à noite na cabaninha com lanternas para contar histórias, simular um acampamento etc.

6. DANÇA DAS CAVEIRAS/TUMBALACATUMBA

Faixa etária indicada: acima de 04 anos
Participantes: a partir de 02
Habilidades envolvidas: Consciência corporal; Coordenação motora; Atenção e foco; Ritmo; Memória auditiva de curto prazo
Canta-se a música e as crianças devem fazer mímica das ações das caveiras (a melodia pode ser facilmente encontrada na internet):
Quando o relógio bate a uma
Todas as caveiras saem da tumba
Tumba alá catumba
Tumba alá catá.
Quando o relógio bate as duas
Todas as caveiras saem pras ruas
Tumba alá catumba
Tumba tá alá catá.
  • Três – jogam xadrez
  • Quatro – tiram o sapato
  • Cinco – apertam o cinto
  • Seis – imitam chinês
  • Sete – mascam chiclete
  • Oito – comem biscoito
  • Nove – dançam o rock
  • Dez – lavam os pés
  • Onze – andam de bonde
  • Doze – fazem pose
  • Uma – voltam para as tumbas

7. ESCONDE-ESCONDE

Faixa etária indicada: acima de 06 anos
Participantes: a partir de 03
Habilidades envolvidas: Orientação espacial; Controle de impulsos; Habilidades sociais
Uma das crianças fará o papel de perseguidor, tapando os olhos e contando até cem enquanto os outros se escondem. Após terminar de contar, o perseguidor vai atrás dos demais. Quem for encontrado e tocado pelo perseguidor fica fora do jogo.
Há variações dessa brincadeira, como o pique-esconde: o perseguidor não precisa tocar no jogador, mas apenas gritar seu nome, depois de avistá-lo, e sair correndo para o “pique” – neste caso, o jogador flagrado também correrá em direção ao pique, saindo a salvo se chegar lá antes do perseguidor.

8. CASINHA

Faixa etária indicada: acima de 02 anos
Participantes: a partir de 02
Habilidades envolvidas: Controle de impulsos; Raciocínio lógico; Habilidades sociais
Como a “Cabaninha”, essa brincadeira é muito simples e ajuda a desenvolver habilidades sociais. Você pode ceder utensílios para serem utilizados na “casinha”, ou seus filhos podem produzi-los usando sucata. A simulação da vida real é uma ótima maneira de despertar na criança a noção de responsabilidade.

9. BAMBOLÊ

Faixa etária indicada: acima de 03 anos
Habilidades envolvidas: Consciência corporal; Coordenação motora grossa; Equilíbrio; Orientação espacial; Lateralidade; Ritmo
Com um pouco de treino, as crianças (especialmente as meninas) conseguem manter o bambolê girando em volta da cintura. Pode-se tocar uma música durante a brincadeira. Se houver mais de uma criança, vence quem mantiver o bambolê no ar por mais tempo, devendo a outra pagar prenda.

10. CANTIGAS ACUMULATIVAS

Faixa etária indicada: acima de 03 anos
Habilidades envolvidas: Atenção e foco; Controle de impulsos; Ritmo; Memória auditiva de curto prazo
Aprender essas canções, além de ser um ótimo passatempo, desenvolve a memória auditiva de curto prazo, a atenção e a consciência fonológica de seu filho. Dentre as canções cumulativas mais conhecidas, podemos citar “A velha a fiar”, “A árvore da montanha”, “Fui visitar minha tia em Marrocos”, “Lá em casa” e “Meu galo”.






Fonte: http://comoeducarseusfilhos.com.br

Aspectos desenvolvidos na psicomotricidade funcional (coordenação motora, lateralidade, noção espaço temporal).



“Todas as experiências da criança (o prazer, a dor, o sucesso ou fracasso) são sempre vividas corporalmente. Se acrescentarmos valores sociais que o meio dá ao corpo e a coerção de suas partes, este corpo termina por ser investido de significações, de sentimentos e de valores muito particulares e absolutamente pessoais”
 (VAYER, 1984, P.76).

 A psicomotricidade no desenvolvimento da criança visa favorecer o desenvolvimento cognitivo, afetivo-social e psicomotor procurando envolver jogos e atividades lúdicas para proporcionar um processo de ensino-aprendizagem significativo. Ela existe em tudo que é movimento, seja atividades ou jogos, que auxilia a desenvolver a motricidade das crianças, para conseguir dominar seu próprio corpo, cabe ao desenvolvimento global uma maneira essencial para constituir um corpo uniformemente desenvolvido.

“A infância é um período muito intenso de atividades: as fantasias e os movimentos corporais ocupam quase todo o tempo da criança. ” (FREIRE 1989)

Os anos iniciais favorecem a criança que está em fase de crescimento atividades prazerosas, respeitando sempre suas características individuais.

“A Psicomotricidade é hoje concebida pela integração superior da motricidade, produto de uma relação entre a criança e o meio e instrumento através do qual a consciência se forma e se materializa”.  (FONSECA 1988)

O estudo dos benefícios que Psicomotricidade na Educação Infantil pode proporcionar, tem uma imensa importância, assim os profissionais da área precisarão de uma nova atuação, como conhecer o indivíduo em desenvolvimento, atendendo suas necessidades, respeitando suas limitações e individualidades de cada um.

Com o brincar a criança perde seus pavores, desesperos angústias e impasses. Brincando a criança entra em um novo mundo de aprendizagem, onde ela cria, desenvolve e estimula sua curiosidade, seu conhecimento e suas habilidades, além de desenvolver o pensamento, concentração e sua atenção.

Brincar é o melhor método para tal desenvolvimento, suas potencialidades e caminhar, de descoberta em descoberta, cria respostas de soluções e aprende com cada vivência e experiências com as demais. Ao descobrir algo novo, a criança aguça sua curiosidade, passando a manifestar, através das formas mais variadas de expressão (brincadeiras, desenhos, moldagens e músicas), as bases de sua personalidade em desenvolvimento.

O desenvolvimento da criança vem através do mover, da sua criatividade, do seu ver as coisas como uma forma de aprender, tendo em vista buscar uma forma onde a criança se desenvolva suas habilidades, proporcionando e contribuindo para seu melhor desempenho.

As atividades que as crianças exercem estão sempre em andamento e adaptações, mas cheias de objetivos. Observamos esses objetivos através de seu comportamento, quanto no seu desenvolvimento motor, quanto no mental.

“A criança faz-se entender por gestos nos primeiros dias de sua vida, e até o momento da linguagem o movimento constitui quase que a expressão global de suas necessidades. ” (FONSECA, 1998, p.216)

Na visão de Piaget, segundo La Taille et al. (1992), as crianças são capazes de reconhecer e, especialmente de representar, somente aquelas formas que possam reconstruir efetivamente a partir de suas próprias ações. Já tem a capacidade de se sobressaírem em atividades onde o movimento é feito pelo seu próprio corpo, o andar, o pular, o saltar delimita uma habilidade de instinto, não havendo necessidade de adaptar seus movimentos. O mover-se ajuda na aquisição do cognitivo da criança. Segundo ele a motricidade desempenha papel vital na inteligência antes da aquisição da linguagem, o que distingue a sua posição das afirmações de Wallon.

Desde o nascimento há uma fusão afetiva que se expressa através de fenômenos motores, organizando-se posteriormente o que ele vem chamar de diálogo tônico, representando tanto um investimento corporal, quanto afetivo. A diferença para Piaget é estrutural, onde qualquer ação se qualifica como estrutura afetiva, enquanto que o esquema como organização sensório-motora constitui uma estrutura cognitiva. (WALLON apud LA TAILLE et al., 1992)

A psicomotricidade em si, visa demonstrar o quanto é importante desenvolver na criança os seus aspectos de vida no seu comportamento se relacionando a criança com seu próprio corpo. O movimento está com a criança desde quando ela nasce, suas estruturas vão se desenvolvendo a partir de alguns elementos que se trabalhados auxiliam no desenvolvimento desta até a sua maturação completa.

Existem três componentes básicos ao procedimento do ensino-aprendizagem: o esquema corporal, a lateralidade e a orientação espaço-temporal.

Esquema Corporal
É o conhecimento do seu próprio corpo, de suas atitudes, postura e de seus movimentos que o corpo pode fazer, tanto em repouso, quanto em movimento. A etapa do corpo vivido se dá pela vivência do movimento, a visão do corpo como um todo.
O esquema corporal apresenta quatro etapas: O Corpo Vivido; O Conhecimento das Partes do Corpo; A Orientação Espaço-Temporal e a Organização Espaço-Corporal. No estágio do ‘corpo vivido’, o saber emotivo do corpo, e do espaço termina com a aquisição de numerosas praxias, que permitem a criança perceber seu corpo como peça completa no mecanismo da relação. (LE   BOULCH 1986, p.71)

Lateralidade
A dominância lateral se define ao crescer da criança, por fatores neurológicos que acontecem durante seu crescimento e por seus hábitos.

É ao redor dos 04 anos, que a preferência   lateral   da   criança   se   afirma.   Alguns   têm, já   nesta   idade, a   predominância do lado esquerdo, que se reforça progressivamente, outras a tem do lado direito, que também vai se reforçando. (LE BOULCH  1987 p.61)

O bebê quando nasce não tem opção por nenhum lado do corpo, ele posiciona seus membros de acordo com o lado que sua cabeça estará virada. No terceiro mês o bebê já começa a movimentar do mesmo modo os membros, logo tendo sua dominância por um de sua preferência.

Quando a lateralidade está definida é considerada homogênea, cruzada quando implica em resultados criados em lados opostos ou ambidestra á medida que resulta em eficiência em ambos lados.
A lateralidade pode ser de quatro tipos:

Ocular: Refere-se à movimentação dos olhos. Quando se movimentam mais concentradamente, e o outro mais disperso.

Manual: Refere-se à movimentação da mão e dos dedos. Agilidade da mão, mais praticidade na escrita.

Pedal: Relaciona-se a movimentação dos pés, quando chuta uma bola, quando o usa como apoio e o outro uma diferente ação.

Auditiva: Diz respeito a capacidade de ouvir. No qual se atende um telefonema, quando sempre se olha para o mesmo lado: o dominante.

O desenvolvimento da definição da lateralidade caminha junto com uma boa escrita, englobando a sentido espacial e temporal. Quando a criança começar a ter preferência por algum lado, não mude, apenas trabalhe com este dominante para melhorar no seu andamento.

Orientação Espaço-Temporal

É a visão do seu corpo no meio, a consciência deste em relação a coisas e pessoas. É o espaço onde o indivíduo organiza objetos, se organiza para executar seus movimentos e até mesmo locomover-se.

É uma tomada e percepção de diversas situações do individuo organizar as coisas que estão a sua volta, movimentando-as. Está dividida em quatro etapas: o conhecimento das noções, a orientação espacial, a organização espacial e a compreensão das relações espaciais. (LE BOULCH 1987)

Para as fases do processo de desenvolvimento da orientação temporal, engloba também o ritmo, que contém consciência de ordem, de sucessão, de duração e de alternância. Para Claude Coste (1992, p.62), “o ritmo é o fator de estruturação temporal que sustenta a adaptação ao tempo”.

O ritmo representa uma sistematização das manifestações que acontecem consecutivamente, tanto no aspecto motor quanto ao perceber os sons da linguagem. Sendo assim se situando tanto no passo da percepção como ao da motricidade.

A orientação no tempo adequado, fará com que o movimento se encaixe no espaço e seja possível executar o seu deslocamento ou de um objeto.

Nas crianças é muito importante frisar a necessidade de trabalhar a noção deste espaço para que ela se desenvolva com sucesso e diversão, ou seja, ela desenvolva brincando.



Distância, velocidade e tempo são três necessários componentes para a estruturação temporal da criança ou indivíduo.

Ao formar a noção do espaço temporal além de reconhecer o próprio corpo, nos possibilita movimentar se sequencialmente, e também encontra e situa as partes do corpo em um determinado espaço.

Dominação de gestos, estruturação temporal e orientar-se temporalmente são três importantes princípios da escrita.


A contribuição da psicomotricidade nos anos iniciais é de grande significância pois é trabalhada de maneira expressiva e relaciona diretamente com o corpo da criança, desenvolvendo assim mais profundamente todas as etapas do processo do desenvolvimento. Por meio das atividades as crianças além de se divertirem irão aprender a criar, inventar, e a se relacionar melhor com o meio social.

Orientação espaço-temporal


A estrutura espaço-temporal envolve a análise, processamento e armazenamento de informações, ou seja, acuidade auditiva, memória visual e auditiva. Além de organizar-se dentro de um tempo e espaço, o que é imprescindível para a aprendizagem da leitura e da escrita. A estrutura espaço-temporal para ser bem sucedida depende de uma boa maturidade psiconeurológica e cognitiva. Quando não estimulada pode levar a leitura lenta ou rápida; escrita unindo as palavras. Repetição de frases com omissão de palavras, ou seja, fala desorganizada, dificuldade para ordenar história dentro de uma sequência lógica, dificuldade em ritmo.

A Organização Espaço Temporal, é a capacidade que o indivíduo tem de situar-se e orientar-se em relação aos objetos, às pessoas e ao seu próprio corpo em um determinado espaço. É saber localizar o que está à direita ou à esquerda; à frente ou atrás; acima ou abaixo de si, ou ainda, um objeto em relação a outro.  É ter noção do longe, perto, alto, baixo, longo, curto (ASSUNÇÃO; COELHO,1997, p.91-96).

A orientação espacial é a consciência do corpo com o meio. A criança que inicia o processo da alfabetização sem possuir as noções de posição e orientação espacial, pode apresentar os seguintes problemas em sua aprendizagem:

• confundir  letras que diferem quanto à orientação espacial (b/d, q/p);
• ter dificuldade em respeitar a ordem das letras na palavra e das palavras na frase (brasa/barsa);
• ser incapaz de locomover;
• não respeitar a direção horizontal do traçado, na escrita;
• não respeitar os limites da folha;
• apresentar sérias dificuldades para se organizar com seu material escolar;
• esbarrar em objetos e pessoas.

Para entendermos  o movimento humano, as noções de corpo, espaço e tempo têm que estar intimamente ligadas. O corpo coordena-se, movimenta-se continuamente dentro de um espaço determinado, em função do tempo, em relação a um sistema de referência.

Atividades propostas:

Coelhinho sai da toca

Objetivos: organizar-se no tempo e no espaço
Idade: a partir dos quatro anos
Desenvolvimento: As crianças se dispõem em duplas formando tocas, sendo que dentro de cada toca terá um componente que irá trocar de toca com os demais, e assim sucessivamente. Somente um integrante ficará sem toca para conseguir a sua, no momento em que os demais, ao som do comando, trocarem de toca.
Material: Recursos humanos

 Pato Cinza

Objetivos: organizar-se no tempo e no espaço
Idade: a partir dos três anos
Material: Recursos Humanos
Desenvolvimento: As crianças dispostas em roda, uma delas ficará de fora para estar comandando a brincadeira. Esta baterá na cabeça dos demais que estão no círculo, falando a seguinte palavra “PATO, PATO, PATO”, quando este falar “PATO CINZA”, a criança escolhida terá que pegá-lo e este terá que fugir, sentando no local da criança escolhida.

Movimentação no espaço

Local: quadra ou espaço similar
Materiais: giz colorido e bolas.                                                    
1.      Todos iniciam o jogo andando livres pela quadra, ao sinal do apito do professor formam, rapidamente, uma coluna com um aluno em  pé e outro agachado e assim sucessivamente até  final da coluna.
2.     As crianças voltam a andar livremente e ao sinal do apito do professor, formam uma grande roda, de forma que um fique com o corpo  virado para fora  da roda e o outro com o corpo virado para dentro, intercalando as posições.
3.     Enquanto os alunos andam, desenhe um quadrado no chão, e ao sinal do apito peça que todos entrem dentro dele.(Desenhe um quadrado menor do que o número de alunos da sua turma, para que eles precisem se “espremer” para entrar nele.

VARIAÇÕES:

1. Peça ás crianças que entrem no quadrado pulando com o pé direito, segurando o esquerdo  com a mão (tipo Saci-Pererê);
2. Faça vários desenhos no chão. Divida o grupo em pares. Distribua bolas para cada dupla. Ao sinal do apito cada criança joga a bola para o seu par, andando e jogando sem pisar nos desenhos e sem deixar a bola cair.

Dinâmica do Tubarão

Desenvolvimento: Dar um jornal para cada participante, pedindo que coloquem no chão e que imaginem que o jornal é um barco, tudo que estiver em volta será o mar. Avisar que quando o coordenador parar a música e gritar “olha o tubarão”, todos tem que subir no jornal.
Na medida em que as músicas vão tocando, o coordenador vai tirando aos poucos os jornais, para que as pessoas ao subir no “barco” tenham que ficar juntas, no final dependendo da quantidade de pessoas deixar só dois jornais.


Dinâmica do Nó

Desenvolvimento: Os participantes em pé, formam um círculo e dão as mãos. Pedir para que não se esqueçam de quem está ao seu lado esquerdo e direito.
Após esta observação, o grupo deverá caminhar livremente. Ao sinal do animador o grupo deve parar de caminhar e cada um deve permanecer no lugar exato que está. Então cada participante deverá dar a mão à pessoa que estava ao seu lado (sem sair do lugar, ou seja, de onde estiver) mão direita para quem segurava a mão direita e mão esquerda para quem segurava a mão esquerda (como no início).

Com certeza, ficará um pouco difícil devido à distância entre aqueles que estavam próximos no início, mas o animador tem que motivar para que ninguém mude ou saia do lugar ou troque o companheiro com o qual estava de mãos dadas. Assim que todos estiverem ligados aos mesmos companheiros, o animador pede que voltem para a posição natural, porém sem soltarem as mãos e em silêncio. (O grupo deverá desamarrar o nó feito e voltar ao círculo inicial, movimentando-se silenciosamente). Se após algum tempo não conseguirem voltar a posição inicial, o animador libera a comunicação. Enfim, partilha-se a experiência vivenciada. 
(destacar as dificuldades).

Obs.: Sempre é possível desatar o nó completamente, mas quanto maior for o grupo, mais difícil fica. Sugerimos que se o grupo passar de 30, os demais ficam apenas participando de fora.


Dinâmica do cabo de guerra cooperativo

Desenvolvimento: colocar dentro de uma sacola uma bala para cada participante, a qual terá em cada alça um barbante de dois metros ou mais amarrado, no centro do local que será realizada a brincadeira colocar um barbante em formato de circulo, no qual terá que cair todas as balas, em seguida dividir o grupo em dois e dar a seguinte orientação:

Como é uma brincadeira cooperativa os grupos devem ter forças iguais e fazer com que a sacola rasgue no meio do círculo, dessa forma eles só poderão pegar as balas que caírem dentro do círculo e as que caírem fora serão do professor, como as crianças estão acostumadas com a competição dificilmente vai seguir o comando, se cair bala fora o professor deve repartir só as que ficaram dentro do circulo e conversar com os alunos a respeito do que ocorreu, depois de um tempo aplicar a dinâmica novamente para ver se algo mudou.


Dinâmica da Jabuticaba e do Jacaré

Desenvolvimento: Contar a história da jabuticaba e do jacaré e dar o seguinte comando: cada vez que a palavra jabuticaba for falada pedir que sentem e quando falar jacaré que se levantem.

A história é a seguinte:

João ia à casa do seu tio Juca pegar jabuticabas, mas bem no meio do caminho tinha um rio grande, que não tinha ponte e era preciso atravessar de canoa. Este rio era repleto de jacarés ferozes.
Diante disso João pensou: Como eu quero as jabuticabas vou enfrentar os jacarés. Ele então chegou perto da beira do rio e viu muitos jacarés. Pensou: pego as jabuticabas ou enfrento os jacarés? 
Decidiu enfrentar os jacarés. Entrou na canoa e começou a remar contra os jacarés. Remou, lutou, lutou, mas sempre sem se esquecer de suas jabuticabas. Depois de muito remar chegou à margem do rio.
João pensou: Ufa!!! Esses jacarés me cansaram, porém estou mais perto das minhas jabuticabas.
João andou, andou e viu o pé de jabuticaba. Apanhou cinco jabuticabas e lembrou que dali um tempo iria enfrentar os jacarés, mas voltou contente com as jabuticabas até a margem do rio. Ele colocou as jabuticabas na canoa e começou a lutar, salvar as jabuticabas e bater nos jacarés, bater nos jacarés e salvar as jabuticabas, até que ele jogou uma jabuticaba para os jacarés e eles deixaram Manoel seguir em paz.  Quando João chegou do outro lado do rio desceu da canoa e comeu todas as jabuticabas.


Tempestade

Desenvolvimento: Todos sentados em círculo e cada vez que o professor falar a palavra direita todos mudam pra cadeira da direita, quando o professor falar a palavra esquerda todos mudam pra cadeira da esquerda e quando a palavra for tempestade todos trocam de lugar.

O texto é o seguinte:

Vamos fazer uma viagem pelas águas de um lindo rio, chegando à margem nós vamos entrar em uma canoa. O dia está lindo, ao olhar o horizonte sentimos o vento soprar levemente pra direita.
Nesse momento estamos muito contentes, olhamos ao redor, avistamos a cidade e observamos também as árvores que estão próximas da margem à esquerda.

Nesse momento estamos nos aproximando de uma grande pedra à direita, mas nós nos perguntamos: Será que aquelas nuvens é um sinal de tempestade? É melhor não pensarmos no pior.
Continuando a nossa viagem, iremos apreciar os lindos pássaros e outras árvores que estão bem longe, à direita.

A fome apertou e quando levantamos para lanchar, caímos a direita do barco. Com isso percebemos que o sol começa a baixar e ficamos pensando : Será que é tempestade? 
Mesmo assim continuamos a brincar.

Como tudo estava tranquilo, resolvemos pescar e jogar os anzóis. Um jogou para a direita e o outro jogou para a esquerda. Depois de pescar, o sol desapareceu e o fim da tarde chegou. De repente, o rio começou a jogar a canoa para a esquerda, foi quando vimos um raio lá no horizonte e gritamos: Tempestade!

Ficamos preocupados e olhamos para a direita, olhamos para a esquerda, e falamos novamente: será que é tempestade?
Bem mais perto da margem ficamos aliviados por que íamos pegar a tempestade em terra firme.


GINCANA COLORIDA

HABILIDADES TRABALHADAS:
Organização espacial, percepção auditiva, ordem sequencial, atenção e concentração.

MATERIAIS:
Camisetas coloridas ou algum material (crachá, um colete de TNT, bonés, viseiras, faixas amarradas na testa ou no braço...) que identifique as crianças.


1.Divida a turma em quatro grupos coloridos, em que cada componente de cada grupo use uma cor, assim todos os grupos terão as mesmas   cores. Nessa atividade se propõe quatro cores: azul, amarelo, branco e verde, como se cada grupo tivesse 4 crianças.

Atenção: o número de cores dependerá do número de alunos por grupos. Se a turma for muito numerosa é preciso dividi-la em mais grupos.

2. Faça placas numeradas para que os alunos prendam nas roupas. Todos os do grupo 1 devem ter placas com o nº1, todos os do grupo 2 devem ter placas com o nº2, assim por diante.

3. Espalhe as equipes em um espaço similar a meia quadra.

4. Desenhe na outra metade da quadra, com giz, 4 tiras verticais dividas em 4 quadrados e com os nomes dos grupos (grupo 1, grupo 2 ...). As tiras devem ser uma ao lado da outra.

Atenção:
O numero de quadrados da tira devem ter o mesmo número de integrantes e de cores do jogo.

5. Dê vários comandos falando o nome de 4 cores e, ao sinal do apito, as crianças de cada grupo deverão correr até as tiras e se posicionar dentro do quadrado na ordem solicitada. Veja exemplos e explore todas as possibilidades.

EXEMPLOS:

Comandos Simples

AZUL - AMARELO - BRANCO - VERDE

As crianças correm até a tira de sua equipe, de acordo com o número de sua placa, e se posicionarem rapidamente na ordem solicitada. Ao final da rodada, todos voltam aos seus lugares e esperam o próximo comando.

Pontuação
o grupo que acertar a sequência de cores solicitada marca 3 pontos e quem trocar alguma cor (criança) de lugar marca apenas 1 ponto. Tenha lápis e papel em mãos para somar os pontos á cada rodada.

COMPLICANDO UM POUCO
Fale o nome de objetos que representem cada cor para que as crianças façam associação:

BANANA - CÉU - NUVEM - LIMÃO ( entrarão na ordem: AMARELO - AZUL - BRANCO - VERDE)

UM JOGO DE MUITAS POSSIBILIDADES

Neste jogo a ORGANIZAÇÃO ESPACIAL é muito solicitada, pois as crianças precisam prestar ATENÇÃO na tira em que deverão entrar. Trabalha também a cooperação e interação ao dividir a turma em equipes, pois se um errar todos perdem. Requer muita ATENÇÃO AUDITIVA aos comandos do professor.

Use de criatividade e aproveite o jogo para trabalhar : EQUILÍBRIO, LATERALIDADEs (dominância lateral), COORDENAÇÃO MOTORA GLOBAL (através de comandos de pular com o pé direito, braço esquedo prá cima, dois pés juntos, marchando...). Se as crianças são muito pequenas ou são alunos ANEEs, use no início apenas duas cores.